Música foi feita em agradecimento pela cura do câncer
Intérprete mais tradicional de todas as escolas de samba, Neguinho da Beija-Flor resolveu ousar. O cantor acaba de gravar uma música gospel. Ele conta que, há algum tempo, isso já estava na sua mente, como forma de agradecimento a Deus pela cura do câncer que teve. Depois da confirmação da cura, Neguinho amadureceu essa ideia de compor a canção - este mês, após o sambista fazer exames rigorosos, médicos constataram que ele não tem mais células cancerígenas no corpo. Juntamente com Marquinho FM, que também passou por problemas crônicos de saúde, decidiu agradecer a Jesus com a música. As pessoas estão procurando Neguinho para saber se ele vai continuar gravando canções gospel e se vai deixar de ser umas das principais figuras do Carnaval para virar cantor evangélico. Ele responde que Deus é que sabe das coisas e que Ele que determina seu caminho. "Deus é que sabe se eu continuo no Carnaval", disse Neguinho à coluna.
SACADO DA LAMA DO CARNAVAL DO RJ, TRANSFORMADO, CURADO, ARMADO COM AS ARMAS DE EFÉSIOS 6, PARA BATALHAR PELA IGREJA DE CRISTO, SAQUEAR O INFERNO DE MOMO E RESTAURAR O QUE ESTAVA PERDIDO.
NÃO RECUAREMOS, POIS VERDADEIRAMENTE SABEMOS EM QUEM TEMOS CRIDO!!!!!
A privatização do Maracanã deverá dar um lucro de R$ 1,4 bilhão à empresa que assumir o controle do estádio pelos próximos 35 anos. Durante esse período, porém, o governo do Rio de Janeiro, dono do complexo esportivo, amargará uma perda de R$ 111 milhões por ceder o espaço à iniciativa privada.
Os valores são algumas das conclusões do estudo de viabilidade econômica da concessão produzido a pedido do próximo governo. A análise foi feita pela IMX, empresa do bilionário Eike Batista. Foi com base nela que a administração estadual decidiu que privatizar o estádio é a melhor alternativa econômica para depois da Copa do Mundo.
O estudo traça expectativas sobre quanto a futura concessionária do Maracanã ganhará e gastará por ano enquanto estiver administrando o complexo. Prevê também quanto o Estado do Rio de Janeiro receberá ou deixará de arrecadar para abrir mão do controle do mais famoso estádio do país, já reformado para o Mundial de 2014.
De acordo com esse estudo, a concessionária do Maracanã recuperará em 12 anos todo o investimento que terá de ser feito no estádio e seu entorno por causa da privatização. Nesse período, os R$ 594 milhões que serão gastos para demolir e reconstruir o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros, para erguer os novos estacionamentos e fazer outras obras obrigatórias, já terão sido abatidos dos ganhos que a empresa terá vendendo ingressos, camarotes e alugando o Maracanã para shows. Depois disso, são 23 anos de lucro.
Segundo a previsão da IMX, entrarão cerca de R$ 63 milhões anualmente no caixa da futura concessionária do Maracanã, já descontados os custos para manter o estádio. Em 35 anos, portanto, a administradora do estádio terá acumulado em lucro líquido de R$ 1,4 bilhão.
VEJA COMO DEVE FICAR O MARACANÃ APÓS A PRIVATIZAÇÃO
E o governo?
Já o governo do Rio de Janeiro, de acordo com a IMX, amargará uma perda anual de R$ 7,9 milhões nos 35 anos em que não terá o controle do Maracanã. Isso porque abrirá mão de um ganho de R$ 12,1 milhões que o estádio lhe dá todo ano. Em troca, receberá R$ 4,2 milhões da empresa que ganhar a licitação do estádio.
Esses valores são os previstos no estudo da IMX. O governo do Rio de Janeiro chegou a estabelecer que a concessionária pague, no mínimo, R$ 4,5 milhões por ano pela outorga do estádio. No entanto, no próprio estudo de viabilidade da concessão, a IMX prevê que só R$ 4,2 milhões por ano chegue aos cofres estaduais.
Assim, tirando do que o governo vai ganhar o que ele perderá com a privatização do estádio, a concessão terá um custo de R$ 111 milhões aos cofres públicos. Reforma para a Copa
Vale ressaltar que desse custo ao Estado não entra o que o governo já investiu no Maracanã antes de privatizá-lo. Só na última reforma do estádio, que visa adequá-lo para a Copa do Mundo de 2014, o Estado já comprometeu de R$ 932 milhões.
Se for considerado o custo das reformas feitas para o Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, e os Jogos Pan-Americanos de 2007, o investimento público no estádio chega a cerca de R$ 1,5 bilhão. Nenhuma parte desse valor será recuperado.
Em compensação, depois de 35 anos, o governo receberá de volta o Maracanã com todas as obras feitas pela concessionária. Procurado pelo UOL Esporte, o governo do Rio de Janeiro informou que o cálculo dos custos da concessão para os cofres públicos estão incorretos justamente porque não consideram os R$ 594 milhões que serão investidos pela empresa.
Contudo, boa parte desse investimento vai substituir equipamentos que só serão demolidos para a privatização. Nesse cálculo entra, por exemplo, a reconstrução da Escola Municipal Friedenreich, que só será posta abaixo na concessão.
14.03.2013 - Maracanã terá quatro novos telões; instalação já começou Divulgação.
PROTESTAMOS!! É muito simples de protestar, é só não ir ao estádio, e se for, fique de fora, na calçada, sem bagunça, sem quebrar nada, sem ninguem ser preso .... Não haverá arrecadação e pronto o Governo que se vire. Ah tah futebol é o ópio do povo, começa hoje a manifestação nas redes sociais, ninguém vai e foi-se o sonho desta quadrilha. Muda Brasil!!!!
FERNANDO MELLO FLAVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O governo brasileiro também teve gastos com as viagens privadas ao exterior
feitas pelo ex-presidente Lula.
Ontem, a Folha revelou que 13 de suas 30 viagens ao exterior após sair
do cargo foram bancadas por empreiteiras com interesses nos países visitados,
conforme telegramas obtidos via Itamaraty.
Em parte dessas viagens, Lula recebeu apoio de embaixadas, por meio de
funcionários locais ou diplomatas enviados do Brasil para acompanhá-lo. Há
também pagamento de almoços e aluguéis de material para a comitiva.
Segundo advogados e procuradores da República, gastos não previstos na
legislação podem gerar ações para ressarcir os cofres públicos.
A lei que trata dos direitos de ex-presidentes não prevê apoio diferenciado
no exterior --como no Brasil, são previstos oito assessores pagos pelo governo,
como seguranças e motoristas. Mas a tradição diplomática costuma considerar isso
uma cortesia.
Viagens de Lula ao exterior
O ex presidente Lula durante encontro com o chanceler turco
Ahmet Davutoglu no Qatar
Em algumas viagens de Lula ao exterior, o Itamaraty designou diplomatas do
alto escalão para acompanhá-lo.
Foi o que ocorreu em viagem de Lula a Moçambique e África do Sul, em 2012,
quando o embaixador Paulo Cordeiro, subsecretário-geral para África e Oriente
Médio, foi o encarregado da tarefa.
O deslocamento de Lula foi bancado pela Camargo Corrêa. De acordo com
documento da embaixada, Lula ajudou as empreiteiras ao "associar seu prestígio"
a elas.
Além disso, o embaixador brasileiro em Pretória solicitou recursos para
enviar um diplomata e uma auxiliar administrativa para a vila onde Lula teria
encontro com o ex-presidente Nelson Mandela.
O encontro foi cancelado devido à saúde debilitada do sul-africano, mas o
custo com passagens da auxiliar administrativa (US$ 586,71) foi desembolsado. O
cancelamento do encontro ocorreu após a funcionária embarcar.
Em outras ocasiões, os diplomatas pedem recursos para participar dos eventos
privados de Lula. Em agosto de 2011, o embaixador brasileiro em La Paz, Marcel
Biato, solicitou "passagens aéreas e diárias correspondentes" para acompanhar
evento de Lula, patrocinado pela OAS, em Santa Cruz de La Sierra.
Há também casos de gastos com aluguéis e alimentação. Em 15 de março de 2011,
a Embaixada do Brasil em Doha (Qatar) solicitou que o Itamaraty liberasse US$
330,58 para pagar pelo aluguel de um computador e uma impressora no "aposento do
ex-presidente Lula, no Sheraton Hotel". A viagem era privada, para participar de
fórum da rede de TV Al Jazeera.
Três dias antes, a embaixada havia solicitado outros US$ 685,95 para "quitar
gastos extraordinários com cerimonial": um almoço no Nobles Restaurante, um dos
mais badalados do país, para Lula e acompanhantes.
"A verba atual é suficiente apenas para pagar as despesas ordinárias e
recorrentes do posto", escreveu a Brasília o embaixador Anuar Nahes, hoje
titular em Bagdá.
Meses antes, as embaixadas haviam recebido ordem para cortar gastos, no
começo da gestão Dilma Rousseff.
Alguns postos solicitam o pagamento de horas extras para funcionários devido
à agenda de Lula no país.
É o caso da Embaixada na Polônia, que pediu pagamento adicional ao motorista
do posto em setembro de 2011.
O funcionário levou o embaixador Carlos Magalhães de Varsóvia a Gdansk, onde
Lula receberia um prêmio.
Análise: Apesar da engenharia, a natureza foi agredida e reagiu
JOSÉ BERNARDES FELEX ESPECIAL PARA A FOLHA
Os desmoronamentos na serra do Mar ocorrem porque, ao longo do tempo, o homem
interferiu nos maciços sensíveis, solos, rochas e formas que a geologia da serra
tem.
Na grande maioria das vezes, a intervenção se deu de maneira quase
predatória.
Primeiro, foi morar, caçar ou plantar nas encostas. Depois, a economia exigiu
melhores meios de transporte. Trilhas foram trocadas por rodovias, ferrovias e
oleodutos ligando o litoral ao planalto.
Apesar da melhor engenharia, a natureza foi agredida. Indústria e comércio se
instalaram na serra do Mar. Camadas mais carentes da população passaram a morar
em altos patamares na área.
Encostas são vivas. A ação do homem provocou o que vulgarmente poderia ser
chamado de "caminhamento": as encostas tendem a descer, pedras tendem a
escorregar.
A engenharia brasileira usou o melhor da tecnologia nas obras na serra.
Mas há mais obras e ocupação na região. A natureza agiu e agora há novos
desafios a vencer. Não bastam obras de emergência. Observar, com a melhor
técnica, os movimentos das encostas e diagnosticar para prever deslizamentos e
intervir antes dos desastres é fundamental.
JOSÉ BERNARDES FELEX é engenheiro civil, consultor em
transportes e professor titular da USP São Carlos
Cesar Maia quer ser fiscal implacável da gestão de Eduardo Paes
Com um gabinete modesto no Palácio Pedro Ernesto, ele promete fiscalizar de perto a prefeitura: no primeiro dia de 2013, deu entrada em pedido de informações sobre patrimônio
Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Cesar Maia em seu novo gabinete, na Câmara Municipal do Rio (Lucas Landau)
"Vou mobilizar a opinião pública. Minoria faz política de dentro do parlamento para fora, vai atrás de opinião pública para trazê-la ao plenário. O que faço no ex-blog, vou fazer na Câmara”
Quem ocupa um imóvel por muito tempo sabe exatamente onde estão as goteiras, os vazamentos, a janela emperrada e até o caminho dos ratos. Prefeito com mais horas de cadeira no Rio de Janeiro – esteve, ao todo, por 12 anos no poder – Cesar Maia está, agora, em novo endereço. Eleito vereador pelo DEM, ocupa um gabinete do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo carioca. A cabeça, no entanto, continua na prefeitura. Não para voltar, pois considera que cumpriu seu ciclo no Executivo do Rio. Pelos próximos quatro anos, Cesar vai atazanar o prefeito. Aliados na infância política de Eduardo Paes, nos anos 90, os dois alimentam hoje uma recíproca repugnância. Na cerimônia de posse, Cesar tomou o rumo de casa antes de Eduardo Paes alcançar a mesa para discursar. Melhor para os dois: o peemedebista reeleito em primeiro turno também não deu falta do antigo mestre.
O primeiro dia de 2013 foi uma boa prévia do que será a relação entre os dois até 2016, quando o Rio completará um ciclo de ouro de sua história, recebendo dois dos principais eventos esportivos mundiais e em acelerado processo de transformação. Tão logo tomou posse, Cesar deu entrada no primeiro pedido de informações oficial de 2013. Em resumo, quer saber o seguinte: quais são os equipamentos de saúde e educação da prefeitura na Zona Sul e na Grande Tijuca.
Curiosa a pergunta? Certamente sim, para quem não conhece os meandros da administração pública – assunto preferido do ex-prefeito, ao qual era capaz de se dedicar horas a fio durante as visitas que recebeu em seu breve recesso dos gabinetes, no escritório que mantém ao pé da mata na Estrada das Canoas, em São Conrado. “Quero saber o que consta na lista de patrimônio da prefeitura. Dei entrada no requerimento no dia da minha posse para o tempo começar a correr. Eles têm prazo para responder”, diz Maia. O requerimento é só o primeiro de uma série, garante. Leia também: Procura-se um candidato tucano ao governo do Rio
As instalações de Cesar Maia são bem mais modestas agora. Um gabinete com pouco mais de 40 metros quadrados, no terceiro andar do Palácio Pedro Ernesto. Dividido em três salas e recepção, o novo local de trabalho do ex-prefeito lembrava um acampamento quando o líder do DEM foi conhecê-lo. Pilhas de papéis e caixas substituíam mesas, retiradas pelo antigo ocupante que deixou apenas duas mesas e poucas cadeiras no gabinete.
Também é modesto o espaço do DEM na cena política carioca. O partido fez três dos 51 vereadores do Rio – além do ex-prefeito, Carlo Caiado e Tio Carlos, que foram reeleitos. Cesar Maia, que no início da campanha chegou a cogitar ter 65.000 votos e puxar outros candidatos pela legenda do DEM, teve 44.095, que não foram suficientes para ampliar a oposição democrata na Câmara. Na eleição majoritária, Rodrigo, filho de Cesar, também foi mal. A chapa que encabeçou, com Clarissa Garotinho como vice, chegou à reta final com 2, 94% dos votos. O ex-prefeito minimiza o estrago. E afirma que candidatura de Rodrigo foi uma estratégia de marketing para 2016. “ACM Neto venceu a eleição para prefeito em Salvador depois de perder a anterior sem sequer chegar ao segundo turno. Eduardo Paes teve uma votação pífia para governador e se elegeu prefeito. A candidatura do Rodrigo seguiu essa lógica de expor os nomes majoritários na televisão, transformá-los em personagens e torná-los competitivos”, explica.
Maia sabe que os opositores de Paes são minoria e, por isso, diz que não vai “gritar no plenário”. Ele rejeita o rótulo de articulador da oposição, mas já conversou com colegas que não compõem a base do governo. “Vou mobilizar a opinião pública. Minoria faz política de dentro do parlamento para fora, vai atrás da opinião pública para trazê-la ao plenário. O que faço no ex-blog, vou fazer na Câmara”, diz, referindo-se à newsletter que envia diariamente para 54.000 pessoas, ao Twitter e ao Facebook. Cidade da Música – Cesar Maia não foi à inauguração da estrutura que considera um de seus grandes legados para a cidade: A Cidade da Música – rebatizada por Eduardo Paes como Cidade das Artes. O projeto de mais de meio bilhão de reais começou a ser construído em 2002 sob a gestão de Maia, que inaugurou a sala principal às pressas, no apagar das luzes de seu governo, com um concerto. Ao assumir a prefeitura, Paes interrompeu a construção e determinou uma auditoria na obra.
“Eduardo conhece o equipamento e sabe que vai fazer um sucesso absoluto. Ele tenta capitalizar. Volta ao nome original e não usa o que eu escolhi. Toda vez que sai matéria, diz que o projeto custava 80 milhões de reais e custou 550 milhões. Será que alguém razoavelmente instruído vai achar que um equipamento como aquele, maior do que o Maracanã e mais sofisticado vai custar 80 milhões? O Museu do Amanhã, aquele galpão, vai custar 300 milhões de reais”, diz ele, dando uma pista de para onde pode apontar seus próximos requerimentos de informação ao prefeito. Orçado em 215 milhões, o Museu do Amanhã deverá ter a obra concluída em 2013.
ESTÁ ABERTO CONCURSO PARA
PROFESSOR DOCENTE I - SEEDUC - Ensino Religioso
A Secretaria de Estado de
Educação do Rio de Janeiro, torna público que fará realizar Concurso Público
destinado a selecionar candidatos para formação de cadastro de reserva para os
cargos efetivos de Professor Docente I - Ensino Religioso (6º ao 9º ano do
Ensino Fundamental e Ensino Médio), do Quadro Permanente do Magistério da
Secretaria de Estado de Educação.
Para
participar, o candidato deve ter Licenciatura Plena mais Credenciamento para
ministrar Ensino Religioso.
O
vencimento base mensal será de R$ 1.001,82 para jornada de trabalho de 16h
semanais.
O
Concurso Público será executado sob a responsabilidade da Fundação Centro
Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de
Janeiro - CEPERJ.
Da
Inscrição:
Para
requerer a inscrição por meio da internet, o interessado deverá acessar o sitewww.ceperj.rj.gov.br, no período de 12 de março a 14 de abril
de 2013. Para os candidatos que não tiverem possibilidade de acesso à internet
será disponibilizado Posto de Inscrição Presencial, localizado na Sede da
CEPERJ, sito na Avenida Carlos Peixoto, nº 54, Térreo - Botafogo - Rio de
Janeiro-RJ e funcionará de segunda-feira a sexta-feira, de 10h às 16h, exceto
feriados e pontos facultativos.
A
taxa de inscrição terá o valor único de R$ 50,00.
Os
editais, avisos e resultados pertinentes ao Concurso serão publicados no Diário
Oficial do Estado do Rio de Janeiro e disponibilizados nos sítios
eletrônicos.
Link
para
inscrição: http://concursos.smartwaydev.com.br/Concurso/DadosConcurso?id=2
Política com futebol:
Deputado Romário discursa na Câmara e pede transparência na cbf. íntegra do
discurso aqui.
Terça Feira, 19 de Março de 2013
... o
discurso foi realizado ontem, 18.março.2013
Confira,
na íntegra, o vídeo e a respectiva transcrição do histórico discurso realizado
pelo deputado Romário pedindo investigação contra os agentes da ditadura, que
tanto envergonharam a população brasileira.
Entre
eles, o atual presidente da CBF, José Maria Marin, que discursou à época, a
favor de torturadores, chegando ao cúmulo de pedir “providências” contra alguns
dos que lutavam contra o regime, entre eles o jornalista Vladimir
Herzog
“Senhor Presidente, Senhoras e
senhores parlamentares:
Foi com grande satisfação que
li a notícia sobre a manifestação da ministra dos Direitos Humanos, Maria do
Rosário, em apoio ao discurso que eu proferi na semana passada, defendendo que
sejam investigadas as possíveis relações entre o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol, Senhor José Maria Marin, e os órgãos de repressão do
regime militar.
Como todos sabem, o Senhor
Marin militou na ARENA, o partido da ditadura, e pode ter tido participação,
mesmo que indireta, nos eventos que levaram ao assassinato do jornalista
Vladimir Herzog, nas dependências do DOI-CODI.
Na condição de presidente da
CBF, José Maria Marin estará ao lado da presidente Dilma Rousseff na recepção
aos chefes de Estado que virão para a Copa das Confederações, em junho deste
ano, e para Copa do Mundo, no ano que vem.
E eles dividirão,
possivelmente, a mesma tribuna de honra nos eventos esportivos.
Acho que essa proximidade será
meio constrangedora para nossa Presidente, pois ela conheceu de perto, muito
perto, a brutalidade daquele regime que prendia e torturava, à margem da lei,
contando com o apoio do ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-vice-governador
de São Paulo, Senhor José Maria Marin.
Como afirmou o jornalista
Zuenir Ventura, em artigo no Globo, chega a ser irônico que um admirador do
torturador Sérgio Paranhos Fleury esteja à frente do nosso futebol, quando o
país é presidido por uma pessoa que sofreu nas mãos dos
torturadores.
Eu diria, Senhor Presidente,
que esse é o tipo de ironia que não tem a menor graça.
Eu gostaria de transcrever uma
parte da fala da Ministra Maria do Rosário, como foi reproduzida no jornal O
Globo, para que fique registrada nos anais desta Casa.
Ela disse o seguinte (abre
aspas):
“Eu penso que todas as pessoas
que comprovadamente estiveram envolvidas em situação de morte, tortura e
desaparecimentos forçados não devem ocupar funções públicas no
país.
Porque os que cometeram – e se
cometeram comprovadamente estes atos –, traíram qualquer princípio ético de
dignidade humana e não devem ocupar funções de representação”. (Fecha
aspas)
Por isso, vou solicitar
audiência com a Senhora Ministra, para agradecer pessoalmente essamanifestação
muito oportuna e bem-vinda, pois se trata do primeiro apoio público do Governo
Federal à campanha que se realiza em todo o país, com o objetivo de sabermos,
efetivamente, sobre o passado político do atual presidente da CBF e sua ligação
com a ditadura militar, de triste memória.
Eu soube hoje que o Senhor
Wadih Damous, presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB e da
Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, declarou considerar “correta e
urgente” a convocação do presidente da CBF pela Comissão Nacional da Verdade, a
fim de que ele possa explicar as suas ligações com a ditadura militar no
Brasil.
Ele disse o
seguinte:
“Marín era membro do partido
que dava sustentação parlamentar à ditadura e, à época do suplício de Vladimir
Herzog, o atual dirigente da CBF proferiu discursos agressivos e com nítido
caráter de delação contra o jornalista”.
Aliás, tem ganhado corpo a
campanha que a família Herzog lançou nacionalmente, com vistas ao afastamento de
José Maria Marín da presidência da CBF.
Até o momento, já foram
coletadas mais de 40 mil assinaturas pela internet.
Trata-se de um movimento que
merece nossa atenção e adesão.
Eu quero deixar aqui
registrado o meu apoio e convidar os colegas deputados e deputadas, e todos os
brasileiros, a fazerem o mesmo, em nome da democracia e dos direitos humanos,
que são direitos de todos e cada um de nós.
A essa preocupação que eu
tenho manifestado, Senhor Presidente, se somam outras.
Não podemos esquecer que o
Senhor Marin, à frente da CBF, tem sob o seu comando a principal manifestação
esportiva de nosso país, que é o nosso futebol.
A nossa Seleção é mais do que
um time, é uma manifestação cultural acompanhada de modo apaixonado nos quatro
cantos do Brasil, como eu pude testemunhar bem de perto.
A seleção leva, por onde
passa, o nome do Brasil, a nossa bandeira, as nossas cores, o nosso hino – e,
principalmente, os nossos jogadores.
Tem gente que conhece muito
pouco do nosso país, da nossa cultura, mas conhece o futebol e os jogadores do
Brasil.
Por isso, não seria exagero
dizer que ela é um símbolo nacional. Nélson Rodrigues dizia que a paixão dos
brasileiros pelo futebol é tão forte, que não seria exagero dizer que o Brasil é
“a pátria de chuteiras” – uma expressão feliz, que, aliás, se tornou o slogan
oficial da Copa de 2014.
Senhor Presidente, Na última
semana eu comentei sobre a parceria da CBF com a poderosa multinacional
Nike.
Insisto neste assunto, pois
entendo que, ao explorar a imagem desse símbolo do nosso país, a CBF deve
prestar contas e ter transparência nas suas ações. Eu insisto, por exemplo, em
conhecer a destinação desses patrocínios à Seleção Brasileira.
Quem ganha e quanto
ganha?
Quem se beneficia da comissão
de mercado nessas transações milionárias?
Além da Nike, outras empresas
investem no uniforme da Seleção, como a Ambev, o Banco Itaú, Gillette, Vivo,
etc.
Consta que, depois da Nike,
que destina, em média, R$ 70 milhões anuais à CBF, a Ambev é a principal
investidora.
Conforme o contrato, são 15
milhões de dólares anuais, mais de 30 milhões de reais.
Estamos falando, aqui, de uma
instituição gigantesca, que opera com valores vultosos, mas cuja transparência
não existe, sabe-se lá por quê.
Dessa forma, crescem as
suspeitas sobre o destino dos patrocínios milionários.
Afinal, quem se beneficia
dessas somas, captadas em nome do nosso maior patrimônio esportivo, a Seleção
Brasileira?
Ao pedir “transparência” na
CBF, que é gestora de um futebol deficitário, com público cada vez mais reduzido
nos estádios, indago também sobre outras ações dessa empresa comandada José
Maria Marin.
Por exemplo, por que o
estatuto da CBF não é documento público?
Por que a CBF não publica o
estatuto no seu site, como fazem outras instituições esportivas?
Eu gostaria de saber se foi
com base nesse estatuto desconhecido que se realizou a última eleição na CBF,
quando o senhor Ricardo Teixeira foi eleito presidente, com José Maria Marín de
vice.
Que normas, que exigências tem
esse estatuto, que possam nos dar garantias de que aquela eleição atendeu a
todos requisitos da legalidade.
Foram cumpridas todas as
formalidades legais, desde a convocação da assembleia, registro de chapa, etc.,
até o voto de todos os eleitores?
Essa ata está disponível para
que se possa comprovar a lisura do pleito? São muitas questões, Senhor
Presidente, que precisam ser respondidas o quanto antes, principalmente porque
estamos entrando no momento de maior exposição do nosso futebol e até mesmo do
nosso País.
Acho que o povo brasileiro,
que tanto torce, sofre, chora e vibra com a nossa Seleção, tem o direito de
exigir um pouco de transparência, um mínimo de respeito.
Fome zero: Em Assunção,
Piauí, comer rato rabudo é normal...
12/03/2013
Seca: Moradores do Piauí comem
rato rabudo para matar fome na seca
A comida escassa devido à seca está fazendo
piauienses caçarem roedores para complementarem a alimentação. No distrito de
Brejinho, no município de Assunção do Piauí (273 km de Teresina), todos os dias
no fim da tarde é comum ver moradores saindo para as áreas de grutas para
colocarem armadilhas para pegar o “rato rabudo”.
A caça ao animal é artesanal, e a armadilha é feita
com pedra e gravetos. “Quando o rabudo passa pela armadilha, a pedra cai em cima
e ele morre sufocado. No dia seguinte a gente vai logo cedo ao local buscar o
animal para já ser consumido no almoço”, disse o morador de Brejinho Genivaldo
Bezerra, 35.
“Como não tenho dinheiro para comprar carne, aqui é
caçando, tratando e comendo o rabudo. Ninguém fica com ele na geladeira por
muito tempo porque passamos fome e vamos logo comendo”, disse
Bezerra.
Apesar de a maioria dos moradores de Brejinho ter
acesso ao programa Bolsa Família, eles afirmam que o dinheiro que recebem não dá
para comprar a “mistura” para o almoço e acabam saindo à caça de ratos para
servir de carne na alimentação. A dona de casa Francisca Ramos da Silva, 41, não
se incomoda em contar que a única carne consumida na casa dela é de
rato.
“A gente tem de se virar. Não plantamos nada esse ano
por conta da chuva que não veio. Ninguém aguenta almoçar com a comida pura, e
como o dinheiro que recebemos só dá para comprar arroz, feijão e macarrão,
comemos o rabudo para complementar”, disse Francisca, informando que a carne do
rabudo “é saborosa” e é sempre uma festa quando conseguem caçar alguns
ratos.
O
rato-rabudo, também conhecido em partes do Nordeste como punaré ou
rato-boiadeiro
"Comer rato é tradição. Eu mesmo já comi", diz prefeito de Assunção
do PI
Assunção do Piauí: após reportagem nacional que mostra moradores
comendo ratos,prefeito diz que não é pela seca.
O
prefeito de Assunção do Piauí, Gabriel Mendes (PMDB), afirmou que é tradição
comer rato rabudo no município e não vê polêmica na matéria que foi destaque
nacional.
O
município (a 273 km de Teresina) virou notícia ao ser divulgado que moradores do
povoado de Brejinho caçavam ratos para complementar a alimentação devido à
seca.
De
acordo Gabriel Mendes a caça ao rato "rabudo" existe em todo o município e faz
parte da alimentação básica da população como tradição.
"Não
é todo tipo de rato que as pessoas caçam no município, somente o que chamamos de
rabudo. A população vai a procura não porque estão passando fome, mas porque é
uma tradição em toda a cidade. É uma carne saborosa e eu mesmo já comi", conta o
prefeito.
Moradores do bairro Independência, em Petrópolis (RJ), procuram sobreviventes de deslizamento
Apesar de ser a terceira cidade do Rio mais afetada pelas chuvas de 2011 --quando a região serrana foi palco da pior tragédia natural da história do país-- e de registrar 27 mortes por temporais desde domingo (17), Petrópolis recebeu apenas R$ 41,2 mil do governo federal para obras relacionadas a desastres naturais.
A verba veio da soma das liberações dos quatro principais programas do Ministério da Integração Nacional em 2012 --de um orçamento total de R$ 5,7 bilhões.
A ONG Contas Abertas analisou os repasses feitos pelo governo federal por meio dos programas "Gestão de Risco e Resposta a Desastres", "Resposta aos Desastres e Reconstrução", "Prevenção e Preparação para Desastres" e "Drenagem Urbana e Controle de Erosão Marítima e Fluvial".
19.mar.2013 - Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil procuram vítimas em Petrópolis, cidade na região serrana do Rio de Janeiro atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias. O temporal que atingiu o Estado do Rio entre domingo (17) e segunda-feira (18) provocou deslizamentos de terra e matou pessoas na região Leia maisLuiz Roberto Lima/Futura Press
Petrópolis recebeu R$ 31,8 mil pelo "Gestão de Risco" e somente R$ 9.400 pelo "Resposta aos Desastres".
Excluído o Distrito Federal, que movimentou R$ 378 milhões por ser sede da Caixa (banco que distribui verbas a todo o país), o Estado do Rio foi o que recebeu mais recursos: R$ 242,9 milhões.
Desse total, 206,2 milhões (84,9%) foram destinados à capital. Nova Friburgo, município mais afetado pelas chuvas de 2011, recebeu R$ 2,9 milhões.
No desastre ocorrido na região serrana do Rio em Janeiro de 2011 morreram 918 pessoas (429 em Nova Friburgo, 392 em Teresópolis, 71 em Petrópolis e as demais em outros municípios).
Veja as cidades afetadas pelas chuvas no Rio e em São Paulo
Petrópolis registrou 6.956 desalojados e 187 desabrigados. Teresópolis, que não recebeu nenhum valor do Ministério em 2012, teve 9.110 desalojados e 6.727 desabrigados.
O Ministério da Integração Nacional informou que define a verba a ser repassada de acordo com o plano de trabalho apresentado por município.
O órgão afirmou que o governo previu, em 2012, investir R$ 12,48 bilhões em ações para enfrentar desastres naturais. Foram empenhados R$ 10,82 bilhões e pagos R$ 7,7 bilhões.
Ontem, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou em visita à região serrana que o governo vai liberar recursos para Petrópolis.
Dilma defende medidas drásticas
Em Roma, a presidente Dilma Rousseff, que defendeu "medidas mais drásticas" para evitar tragédias, voltou ontem a falar do assunto, ressaltando que é necessário identificar as zonas de risco e "garantir condições" para as pessoas saírem. "E tem de ter uma posição de não construir. Não pode deixar construir." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".