domingo, 29 de agosto de 2010

PROFUNDA REFLEXÃO SOBRE O BRASIL...

S.O.S. Brasil!

Apenas reflita no que vou escrever. Sou pastor de uma igreja que tem apenas 5 anos, é um bebezinho, igualzinho ao nosso país, o Brasil, 510 anos, um país ainda bebê. Uma criancinha, cheia de energia, imitando os passos dos EUA, sem guerra civil, sem revolução, por isto, ainda sem independência de pensamento, mas, com uma vontade grande de crescer e ser o Brasil, celeiro de oportunidades do mundo. Existem em nós brasileiros qualidades nunca vistas em povo nenhum neste vasto mundão. Temos hoje um papel relevante a desempenhar no cenário mundial. Os evangélicos... nunca foram tão procurados politicamente, como se de uma hora para outra, entendessem de que “Deus é sobre esta nação” e, que não há outra saída moral que não seja a exemplificada por Cristo no evangelho. Entendessem que, como cristãos, podemos ainda, ser racionais politicamente falando e lúcidos em relação à reforma política a qual estamos passando.
 

510 anos, um país bebê, nem raça definida nós ainda temos, é miscigenado e nas suas cercanias ele ainda tem a capacidade de migrar em seus costumes e vocabulários, a gíria de que estamos “juntos e misturados” se aplica muito bem aqui no Brasil. Em nenhum país houve uma acomodação de raças e costumes, onde tudo virou uma coisa só como aqui no nosso país. Nós nos orgulhamos pela multicapacidade dentro do próprio Brasil, na língua, nas vestes e nos costumes. E tudo é o nosso Brasil.  
Se hoje estamos mergulhados em escândalos, é porque vivemos um momento brusco de mudanças.

Sabemos que para haver uma mudança é preciso que ela surja do caos.

Ninguém resolve mudar do nada. Se com as pessoas são assim, assim também com um país, que é um grande contingente de pessoas. O lixo gerado pelos foliões, blocos e escolas de samba é um dos maiores problemas do Carnaval do Rio de Janeiro. Faltam campanhas de conscientização e, sobretudo, mudança de comportamento das pessoas. Nos últimos anos, acompanhando de perto a ascensão da maior e mais esperada festa popular brasileira no Rio de Janeiro, especialmente o Carnaval de rua, constata-se o aumento dos problemas ocasionados pelo evento, principalmente no que se refere à poluição e falta de conscientização da população e das autoridades locais. Os problemas durante o carnaval de rua no Rio de Janeiro são inúmeros, mas o incômodo mais notável é o volume de lixo gerado e que a cada ano apresenta números recordes. De acordo com os dados da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), em 2011 serão recolhidas durante os quatro dias de Carnaval muito mais toneladas de lixo no município que em 2010, pelo descaso político ambiental. Só na região do Sambódromo, onde acontecem os desfiles das escolas de samba, serão recolhidas toneladas de lixo pelos 4 dias de carnaval. Nas vias públicas da cidade, onde ocorrem desfiles de aproximadamente 425 blocos de rua, os garis da Comlurb recolherão toneladas de resíduos. O acréscimo do volume do lixo é justificável quando se leva em conta o aumento do número de pessoas que passam o Carnaval na cidade. Os blocos maiores que desfilam pelas ruas são seguidos por garis e caminhões que passam recolhendo o lixo e lavando a rua. Esta ação ajuda muito, mas não resolve o problema. Muitas vias adjacentes às ruas dos desfiles ainda permaneceram, todavia, muito sujas. A quantidade de lixo realmente impressiona, mas ao observar os tipos de resíduos descartados percebe-se que é possível reduzir este volume. Ainda é possível se encontrar nas ruas materiais que deveriam ser proibidos pelas autoridades, como copos e garrafas de vidro, além de muitos espetos de madeira usados para churrasquinhos. Felizmente os copos e garrafas de vidro não marcam mais presença do que os resíduos recicláveis, principalmente plásticos. A maior parte das bebidas vendidas nas ruas são envasadas em latas de alumínio, material que é constantemente recolhido por catadores, portanto é difícil encontrar uma lata de alumínio jogada no chão. Já objetos feitos de plástico, incluindo garrafas, copos e embalagens de um modo geral, não são recolhidos por catadores para reciclagem. A explicação para isso é óbvia: o alumínio é mais rentável. Qualquer mudança na organização do Carnaval depende também da mudança de atitude da população. Por exemplo, é comum observar lixeiras transbordando devido à imensa quantidade de lixo, enquanto outras são utilizadas como mesa para apoiar bebidas. Atitudes como esta são comuns e evidenciam a urgente necessidade de se lançar campanhas de conscientização. Precisamos de uma campanha contra o xixi na rua, que resulte na prisão de foliões, entre homens e mulheres, que urinam pelas ruas e praças da cidade. Eu afirmo que a população precisa se conscientizar e urinar no lugar certo, mas as autoridades precisam também aprender a mensurar suas demandas. Durante o Carnaval, precisamos incentivar a campanha contra o xixi na rua, além de outras, como a de prevenção do HIV/AIDS, contra o preconceito e também outra para estimular a doação de sangue. Mas não haverá uma única campanha que incentive a população a não levar para as ruas garrafas de vidro ou qualquer outro objeto que provoque acidente, a evitar desperdícios e a estimular a criatividade de reuso das fantasias de carnavais anteriores. Nem todos sabem que as escolas de samba reciclam ou reutilizam muitos materiais utilizados nos desfiles de carnavais anteriores, embora façam isso mais por uma questão econômica do que ambiental. Por mais que o foco seja a redução de custos, esse é um exemplo que deve ser difundido através de campanhas, pois em longo prazo pode despertar na população o interesse por assuntos referentes à sustentabilidade e ao consumo consciente. A prefeitura precisa frear o crescimento do Carnaval carioca, mas os organizadores deveriam perceber que os problemas encontrados na organização desse evento servem como um preparo para eventos maiores que estão por vir, o Brasil está iniciando sua grande reforma ideológica política. Eu e você fazemos parte desta história e, não podemos confundir o momento de plumas e paetes com a grandiosidade de nosso país.
 
Pr. Jorge Cerqueira em discurso na Camara dos vereadores do RJ.

Graças a Deus, estamos construindo uma nova identidade do país que nós queremos, aonde o carnaval seja uma festa equilibrada, sem desvios de conduta por parte da população.